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Um semestre para repensar a vida

Olá pessoal!
De todos os diários das aventuras semestrais na universidade...esse foi o mais penoso de se escrever. As teclas do computador estavam endurecidas e meus dedos relutantes em descrever ou reviver as experiencias de seis meses. 
Geralmente são 4 meses de aulas, não seis meses completos. Mas decidi colocar aqui os dois meses sombrios que faltavam porque eles foram parte importante de toda essa história.

Dor
Se alguém me perguntar um dia o significado dessa palavra eu direi: Conhecer pela primeira vez o que significa morte. É a melhor maneira de se descrever a dor. Eu passei por ela e minha família também passou. Apesar de soar drástico e dramático, tem suas bondades. A dor ensina a crescer, a se importar com coisas que antes passavam despercebidas. A valorizar cada sorriso e enxugar com rapidez todas as lagrimas.

Descobertas
Cabeça vazia é oficina do capeta, diz o velho ditado. Abrir sua mente para o novo é o caminho para ter uma vida plena e feliz. Nesse caminho onde nos deparamos com o diferente podemos encontrar muito mais do que um professor e uma sala de aula podem te ensinar. Aprendi nesses quase 4 anos que o conhecimento é a fruta mais brilhante e cheirosa que está no topo da arvore. E se queremos saborear ela, temos que vencer os galhos entrançados e a vertigem causada pela altura.

Medo
Se você perguntar a qualquer profissional que trabalha com algo perigoso, que pode lhe custar a vida. Ele te dirá que sente medo, mas é o seu trabalho e ele tem que fazer. Na vida a gente vai sentir medo e eu senti muito medo esse semestre. Medo de não conseguir, medo de falhar, medo de errar e decepcionar. Por incrível que pareça, porem, eu estou aqui pra te dizer que fui capaz. O medo esteve comigo o tempo todo, esse carrapato fedorento! Mas era meu trabalho e eu tinha que fazer e eu fiz. 


Reavaliar
Percebi que não quero ter a vida dos outros, que não quero alcançar o topo do monte. Não sei como vocês fazem, mas eu não posso fazer igual. A vida de muitos é sob um nuvem negra de estresse extenuante. Eu não quero isso para mim. Eu quero paz, mas a vida constantemente nos joga esses momentos de drama em que temos que respirar fundo e seguir em frente. A coisa que mais odeio na faculdade e isso posso dizer com toda a liberdade de quem já viveu 90% de tudo isso. ODEIO A PRESSÃO E O ESTRESSE DA FACULDADE. Eu não posso contar nos dedos todas as coisas que fiz em 4 meses, mas se eu pedisse a alguém "comum" fazer tudo isso eles rejeitariam na hora. Estão criando super humanos multitarefa nas faculdades. E o pior é que sou um deles e sem falsa modéstia, muito boa. Tão boa que fico uma pilha, sem descansar um segundo nas ferias. Mas reavaliando, não nasci para ser um gênio. Essa não é minha vocação. 

Futuro
Tenho nele uma grande curiosidade. Me pergunto se vou realizar tudo que sonhei, se daqui a vinte anos ainda serei professora. Se estou indo mesmo no caminho certo. Tenho curiosidade de saber se a gente precisa mesmo de tanto conhecimento. Se todos nós nascemos com esse "gene Phd". Talvez eu não seja Mestre nem Doutora, mas ainda sim tenha uma vida confortável e feliz. 

A grande questão é pelo o que se vale a pena lutar, suar, sacrificar, chorar e sofrer? A vida, a nossa vida, a vida daqueles que amamos. Nosso bem estar, nossa paz de espirito. Por essas coisas vale a pena lutar. Aprendi uma lição poderosa esse semestre Familia 1° e Profissão muito, mas muito depois.

Pegue leve, o mundo não acaba com um reprovado. Você não é menos importante por receber um Bom. O regular não diz quem você é, não te limita. O excelente é só uma palavra pra inflar o teu ego. Não significa TUDO isso que dizem a você. Todos os professores são exigentes e a palavra "exigência" dá raiva. Mas desforre o sentimento num chocolate não nas pessoas. Resumindo, bom ou ruim tudo te ensina alguma coisa e é para isso que estamos aqui, para aprender. 

Até mais. 

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