Cheguei a contar nesse blog diversos momentos acadêmicos meus, hoje o episódio em destaque é o ato final, como a linguagem do teatro ensina. O desfecho como nós aspirantes a escritores e amantes da literatura comumente falamos.
Essa história não difere de muitas ao redor do mundo, todos passam por essa mesma estrada que culmina, no fatídico e esperado dia da defesa. A estrada pode ser a mesma, mas as experiencias são totalmente distintas.
Eu acredito que nós seres humanos a partir do momento que nascemos, levamos conosco o folego de vida e uma mochila invisível onde carregamos os suprimentos para a viagem da vida. Nesse ponto da minha história, minha mochila tinha tudo que eu precisava, mas numa bifurcação da estrada eu tive que ir sozinha.
Meu tio me contou uma história uma vez, quando perguntaram para ele como que em pouco tempo ele conseguiu erguer a casa dele sozinho. Ele sorridente e sem titubear exclamou: Eu, Deus e uma corda. No meu caso, foi Eu, Deus e um computador.
Nesse caminho eu passei chuva e meu rosto se molhou com minhas lagrimas. Nesse caminho eu machuquei meu pé e a dor se espalhou pelo meu corpo e eu sofri. Nesse caminho eu senti a dureza do clima árido, da falta de água, do cansaço físico e por muito pouco não desmoronei. Nesse mesmo dia em que me falhava o animo. Quando eu ia cair de joelhos no caminho e esperar ser consumida pela a angustia e desespero.
Alguém se sentou do meu lado e disse: Eu sou o teu Deus. Não te desesperes, Eu estou contigo. Aquela voz e aquelas mãos nos meus ombros silenciaram a tempestade em minha mente e coração. Descansei, na seguranças daquelas palavras. Me reabasteci de confiança e caminhei os metros finais da jornada.
Ansiosa e curiosa pelo fim dessa história li avidamente as ultimas paginas daquele capitulo e mal dormi na noite que antecedia a defesa. No ultimo passo até lá, senti que alguém me puxava para trás eram os meus inimigos que rugiam contra mim dizendo "Tu não vais conseguir!". Precisava chegar 10h e fiquei paralisada no caminho por um BRT e um protesto. Cheguei com emocionantes 5 minutos de antecedência, unicamente para descobrir que minha orientadora também estava atrasada.
De fato as coisas não são como queremos, mas como Deus quer. Vou lhe dizer que a emoção de um atleta em vencer uma competição olímpica é a mesma daquele que defende um tcc e recebe um excelente por seu trabalho. A diferença é que eles ganham medalha e nós recebemos um conceito.
Deus foi o companheiro fiel de jornada, mas teve muitos contribuintes na caminhada. Todos eles eu agradeci em meu trabalho na parte especial em que honro eles com minhas palavras. Para os que não tiveram acesso a essa parte peculiar deixo aqui uma copia dessa pagina:
Essa foi a minha experiencia por esse caminho que muitos já trilharam, esse chão que já viu as pegadas de muita gente, que viu seus viajantes chegarem mais alem de um defesa de tcc. Ouviu os choros, as reclamações e os suspiros de alivio. Foi o espaço onde os personagens viveram suas aventuras, foi o lugar onde o tempo escorregou as vezes veloz ou vagarosamente. Terra onde o enrendo aos poucos tomou forma, onde as reviravoltas surgiram traiçoeiras surpreendendo seus protagonistas. Aquela curva à direita quase perto do fim do caminho, era o ponto perfeito para o clímax da história tão bem escrita pela pena, mão e mente de Deus.
Abaixo vocês podem conferir algumas fotos de recordação desse momento.
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| Meus amigos, companheiros de jornada e minha plateia também. |
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| Apresentando |
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| Profa. Rosamaria, minha orientadora Profa. Rosana. |
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| Mamãe e eu. |
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