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Recordações

O céu estava azul, apesar de nunca tê-lo visto de outra cor. Era aquele céu juvenil, que me enleva e faz a minha mente vagar pelas lembranças quase esquecidas da infância.
Quando a unica coisa que importava era um lindo céu azul, sem nenhum sinal de chuva, para enfim, correr, brincar, pular, cair, chorar, voltar a brincar de novo com um sorriso de felicidade inexplicável no rosto.
Coisa de criança.







Olho para este mesmo céu, sentada num banco de madeira muito desgastado pelo tempo, nos fundos do quintal  da minha avó, e minha face antes alegre pelas lembranças doces da juventude, transfigura-se para um semblante triste.
Assustei-me quando refleti, quanto o tempo passa rápido e como as coisas mudam.













Onde haviam árvores, hoje existem muros tão altos quanto as próprias árvores. 
E o quintal grandioso de terra batida, deu lugar a imensas a construções residênciais, que transformaram para sempre a beleza natural em artificial.
E nessa terra de contrastes, e de grandes mudanças, uma luz de esperança inundou a minha alma, foi quando resignada com as mudanças extraordinárias ao meu redor, ouvi o som familiar de pássaros cantando, olhei para cima e vi três sabiás, e dois beija-flores pousados na antena de uma televisão tendo como luz, o amarelo do sol, e como teto um imenso manto azul.

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